Nos últimos dias, tensões diplomáticas entre o Brasil, a Colômbia e os Estados Unidos geraram reações de protesto em relação às políticas de deportação de imigrantes ilegais. O Brasil expressou indignação com o tratamento de cidadãos deportados, incluindo o uso de algemas, e anunciou que cobrará explicações do governo norte-americano. A situação levou à convocação de uma reunião urgente da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), a ser realizada no dia 30 de janeiro, com o intuito de discutir temas como migração e os impactos da política dos EUA na região.
No caso da Colômbia, a recusa em aceitar voos fretados para deportações gerou uma resposta do governo dos EUA, que anunciou tarifas de 25% sobre produtos colombianos, além de sanções a oficiais e cidadãos colombianos. O presidente colombiano, Gustavo Petro, criticou a medida e destacou que os EUA não podem tratar os colombianos como criminosos, mencionando ainda a presença de cidadãos americanos em situação irregular na Colômbia. A situação tem gerado um aumento nas tensões diplomáticas, com ambos os países envolvidos discutindo possíveis retaliações.
A Celac, formada por 33 países latino-americanos e caribenhos, tem buscado uma maior integração política e social da região. A recente convocação reflete a urgência de se discutir a política migratória dos EUA e as implicações para a América Latina. O Brasil, que havia se afastado do grupo durante o governo anterior, voltou a integrá-lo recentemente, e sua participação será decisiva nas discussões. A reunião do dia 30 promete ser um marco na definição de uma resposta conjunta dos países da região diante das ações dos Estados Unidos.