Um acordo de cessar-fogo firmado em novembro, com o apoio dos Estados Unidos, estabeleceu que as forças israelenses teriam 60 dias para retirar suas tropas do sul do Líbano. Esse prazo expirou no domingo (26), quando as forças israelenses mataram 15 pessoas e feriram mais de 80 em diversas áreas, conforme informou o Ministério da Saúde libanês. O conflito ocorre enquanto milhares de pessoas tentam retornar às suas casas nas regiões ainda ocupadas por militares israelenses, com a televisão al-Manar mostrando imagens de moradores e combatentes do Hezbollah na região.
Israel, no entanto, anunciou que suas tropas permaneceriam no sul do Líbano além do prazo estipulado, alegando que o Líbano não havia cumprido completamente os termos do acordo. O Exército libanês ainda não teria assumido o controle da região e o Hezbollah, que mantém armas no sul do país, não teria se desarmado completamente. Em resposta, um porta-voz militar israelense acusou o Hezbollah de tentar intensificar a situação, enquanto tropas israelenses dispararam tiros de advertência para impedir aproximações consideradas ameaçadoras.
O conflito entre Hezbollah e Israel segue paralelo à guerra em Gaza e resulta em uma grande ofensiva israelense que deslocou mais de um milhão de pessoas no Líbano. O Hezbollah, apoiado pelo Irã, responsabilizou o Estado libanês pela implementação do cessar-fogo, enquanto os Estados Unidos pediram uma extensão temporária do acordo. O incidente destaca a complexidade da situação no sul do Líbano, com consequências para a população civil e uma escalada de tensões regionais.