Na terça-feira (28), uma grande quantidade de refugiados, incluindo soldados congoleses que se renderam e caminhoneiros retidos, se aglomerou na fronteira de Ruanda, buscando abrigo após intensos confrontos no leste da República Democrática do Congo. Os combates, envolvendo rebeldes do M23, forçaram a fuga em massa de civis, com explosões e tiroteios sendo ouvidos em áreas próximas a Goma, cidade congolesa vizinha de Ruanda. Muitas famílias atravessaram a fronteira com pertences mínimos, enquanto as tensões aumentavam devido à intensificação do conflito.
Ao amanhecer, Ruanda começou a receber os refugiados, entre eles, trabalhadores do setor de transporte que haviam sido isolados pela violência no Congo. Vários soldados congoleses também buscaram abrigo após se renderem aos militares ruandeses. O número de civis deslocados aumentou consideravelmente, somando cerca de 400 mil pessoas desde o início do ano, com muitos optando por se refugiar em Ruanda, apesar das acusações entre os dois países sobre o envolvimento de Ruanda no conflito.
As autoridades de Ruanda continuaram o processo de registro de refugiados em centros de acolhimento, como o de Gisenyi, onde famílias, incluindo crianças e mulheres com bebês, aguardavam para serem registradas. O tratamento humanitário oferecido visava garantir a segurança, enquanto soldados congoleses eram desarmados e processados. O número de fugitivos ainda está sendo contabilizado, mas a situação gerou um novo fluxo significativo de pessoas em direção a Ruanda, com muitas em busca de um futuro incerto.