O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos, calculado pelo Conference Board, apresentou uma queda de 5,4 pontos em janeiro, totalizando 104,1 pontos, após um ajuste na leitura de dezembro para 109,5 pontos. Este é o segundo mês consecutivo de declínio, com destaque para a piora nas avaliações sobre a economia atual e as expectativas futuras. O índice de percepção das condições atuais teve a maior queda, caindo 9,7 pontos, enquanto o índice de expectativas recuou 2,6 pontos, ainda se mantendo acima do nível que indicaria uma recessão iminente.
A queda na confiança foi mais acentuada entre os consumidores mais jovens, abaixo de 55 anos, enquanto aqueles com mais de 55 anos mostraram um aumento modesto no otimismo. Além disso, famílias com renda superior a US$ 125 mil anuais registraram a maior diminuição na confiança, enquanto as com renda inferior a US$ 75 mil relataram uma leve melhoria. Apesar desse quadro negativo, a economista Dana M. Peterson do Conference Board destacou alguns aspectos positivos, como o aumento nas expectativas financeiras para os próximos seis meses e a baixa previsão de recessão por parte da maioria dos consumidores.
A inflação e as expectativas sobre as taxas de juros ainda são questões centrais para os consumidores, com a previsão de aumento nos preços subindo de 5,1% para 5,3% em janeiro. A maioria dos entrevistados acredita que as taxas de juros aumentarão ao longo de 2025, enquanto o número de pessoas que esperam uma redução diminuiu. Apesar de uma maior cautela em relação ao mercado de trabalho e aos negócios, os consumidores continuam demonstrando otimismo em áreas como investimentos no mercado de ações e nas finanças pessoais. No entanto, o interesse por itens de alto valor, como eletrodomésticos, diminuiu, enquanto a intenção de gastar em serviços, como refeições fora de casa e assinaturas de streaming, aumentou.