O presidente da Conferência do Clima da ONU no Brasil, embaixador André Corrêa do Lago, declarou que o governo brasileiro pretende criar uma força-tarefa sobre o clima, semelhante ao que ocorreu no G20, envolvendo ministérios e o Banco Central. O objetivo é garantir formas de financiamento sem a necessidade de criar novos fundos, mas sim fortalecer os recursos existentes e otimizar o atual sistema, priorizando a urgência das questões climáticas. Do Lago destacou que as previsões mais pessimistas sobre os impactos das mudanças climáticas têm se confirmado e que o Brasil está em uma posição única para promover uma mudança econômica global utilizando tecnologias e instrumentos atuais.
O embaixador explicou que, embora o Brasil tenha avançado em algumas iniciativas para combater as mudanças climáticas, o processo de aprovação de projetos ligados a fundos climáticos é lento, o que dificulta ações urgentes. Ele enfatizou que é essencial acelerar o sistema, tornando-o mais eficiente para lidar com a realidade crescente dos impactos climáticos. A urgência do momento exige mais inovação e uma abordagem ativa para enfrentar os desafios ambientais.
Em relação à organização da COP30 em Belém, o embaixador mencionou que, apesar da escassez de hospedagem e dos preços elevados, a Casa Civil está lidando com a situação. Durante uma visita à cidade, do Lago se mostrou impressionado com os avanços locais, e a equipe da ONU também ficou tranquila após uma missão em Belém. O evento segue com desafios logísticos, mas o Brasil está empenhado em garantir uma conferência bem-sucedida e produtiva para o futuro do clima global.