A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, será realizada em Belém, no coração da Amazônia, em novembro de 2025. A escolha da cidade como sede simboliza a importância da floresta para o equilíbrio climático global e oferece ao Brasil a oportunidade de reforçar sua liderança na agenda ambiental mundial. No entanto, o país enfrenta desafios políticos internos e externos, que vão desde a resistência de países desenvolvidos em assumir responsabilidades até contradições nas políticas nacionais de preservação e desenvolvimento.
Especialistas apontam que, para que a COP 30 seja bem-sucedida, o Brasil precisará adotar posturas mais ambiciosas, como a redução drástica das emissões de gases do efeito estufa e a transição para uma economia de baixo carbono. O Brasil também terá que superar obstáculos estruturais, como o financiamento climático, que foi insuficiente nas edições anteriores da conferência, além de combater atividades ilegais em áreas de preservação, que comprometem sua credibilidade como líder ambiental.
A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a falta de um compromisso firme dos países desenvolvidos geram um vácuo de liderança global, o que torna ainda mais importante o papel do Brasil. O país será cobrado por suas promessas de redução de emissões e por alinhar suas políticas internas com os compromissos climáticos globais. A COP 30, que marcará uma década do Acordo de Paris, pode ser um ponto de virada, se os líderes mundiais conseguirem reafirmar seus compromissos e avançar em soluções concretas para mitigar os impactos das mudanças climáticas.