Em 2024, o mercado de commodities viu o cacau e o café registrarem grandes ganhos, com o cacau destacando-se ao quase triplicar seu preço devido à escassez de oferta na África Ocidental, impactada por condições climáticas severas. Por outro lado, o carvão siderúrgico teve o pior desempenho, afetado pela desaceleração econômica da China. A previsão para 2025 sugere que tensões comerciais, especialmente com a possível volta de Donald Trump à presidência dos EUA, poderão dominar o cenário, com o aumento de tarifas como uma ameaça à estabilidade dos mercados.
O petróleo, assim como os metais a granel, enfrentou ventos contrários, com a crise imobiliária na China impactando a demanda global. A oferta excessiva de petróleo, combinada com uma recuperação lenta na demanda, pode resultar no terceiro ano consecutivo de quedas nos preços do barril. No entanto, os metais preciosos, como o ouro, se mantiveram estáveis, favorecidos pela procura por ativos mais seguros, principalmente em meio à valorização do dólar.
Enquanto isso, o mercado de minério de ferro enfrentou uma queda acumulada de 15% ao longo de 2024, pressionado pela redução na demanda por aço na China. A previsão para 2025 é de que a tendência de queda continue, dada a alta oferta e as dificuldades econômicas no maior mercado global de ferro. Apesar disso, as políticas chinesas de estímulo à economia podem mitigar parcialmente esses impactos, mas a recuperação ainda parece distante.