O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa Selic em 1 ponto percentual, atingindo 13,25%, conforme prometido em dezembro de 2024. A decisão, amplamente esperada pelo mercado, foi vista como uma continuidade das medidas adotadas ao longo do ano passado, refletindo o compromisso do BC em controlar a inflação. A reunião também marcou a estreia de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central, mas a mudança no comando não alterou a estratégia adotada até o momento, destacando a estabilidade da política monetária.
Em seu comunicado, o BC reforçou que a atividade econômica e o mercado de trabalho seguem aquecidos, o que continua pressionando os preços. Além disso, o Comitê manteve a expectativa de inflação de 5,2% para 2025, indicando que o risco para a projeção ainda é de alta. A mensagem do Copom foi considerada hawkish, sem sinais de suavização, o que é visto como importante para garantir a ancoragem das expectativas inflacionárias. O mercado não foi surpreendido, e a postura firme do BC foi interpretada como um passo positivo para a credibilidade do governo atual.
O Copom também sinalizou que, em março, a Selic pode ser elevada novamente em 1 ponto, chegando a 14,25%. No entanto, deixou em aberto a possibilidade de ajustes no futuro, dependendo da evolução da economia e da inflação. Economistas ressaltam que essa flexibilidade é essencial, pois o BC continuará monitorando a situação econômica antes de tomar decisões futuras. O uso cuidadoso do forward guidance e a perspectiva de uma postura consistente são destacados como fatores cruciais para manter a confiança do mercado nas políticas monetárias do BC.