O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, sob a liderança de Gabriel Galípolo, aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, alcançando 13,25%, o mesmo nível observado em setembro de 2023. A decisão foi unânime e segue a orientação dada pelo Copom em dezembro, que indicava novas altas em janeiro e março. A medida visa controlar a inflação e manter o compromisso do Banco Central com a meta de estabilidade econômica.
O aumento da Selic reflete um cenário econômico desafiador, caracterizado pela desancoragem das expectativas de inflação e pela resiliência da atividade econômica, além de pressões no mercado de trabalho. Com essa política mais contracionista, o Copom pretende alinhar as taxas de inflação às metas estabelecidas. A expectativa é que o ciclo de alta se mantenha em 1 ponto percentual em março, com ajustes nas próximas reuniões dependendo da evolução das expectativas de inflação.
O aumento da Selic também tem impacto nos investimentos. Especialistas apontam que a alta favorece aplicações em títulos pós-fixados, como Tesouro Selic e CDBs indexados ao CDI, além de investimentos híbridos que combinam rentabilidade prefixada com correção pela inflação. Esses ativos são recomendados para quem busca proteção contra a inflação, especialmente com a previsão de um IPCA mais elevado. Para investidores de longo prazo, títulos atrelados ao IPCA são uma boa opção, desde que a instituição emissora seja sólida e o valor investido não ultrapasse o limite de R$ 250 mil do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).