O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa Selic em 1 ponto porcentual, passando de 12,25% para 13,25%. Essa decisão, tomada em 29 de janeiro, seguiu a previsão anunciada pelo colegiado em sua reunião anterior, em dezembro, que já indicava a alta para janeiro e março. O aumento ocorre em meio à pressão de custos de alimentos e transportes, que impactaram a inflação oficial do país, que terminou 2024 com uma alta de 4,83%, superando o centro da meta de 3% estabelecido pelo Banco Central.
Esta foi a primeira reunião do Copom após a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, e também contou com a participação dos novos diretores, indicados pelo governo federal, que agora têm maioria no colegiado. A inflação tem se mostrado uma preocupação crescente, com a piora na dinâmica dos preços dos serviços, o que é monitorado de perto pelo Banco Central. A expectativa de mercado para 2025 e 2026 também reflete uma revisão para cima nas projeções de inflação, que passaram para 5,50% e 4,22%, respectivamente.
Apesar da alta da Selic, o cenário cambial apresentou uma leve melhora, com o dólar perdendo força frente ao real. Além disso, sinais de desaceleração da atividade econômica também têm sido observados, o que pode influenciar a trajetória futura da taxa de juros. Com a atual decisão e as previsões de alta da Selic, o mercado espera que o Banco Central continue sua política monetária restritiva, visando conter a inflação dentro das metas estabelecidas.