O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, elevando-a de 12,25% para 13,25% ao ano. A decisão foi unânime entre os nove diretores, e o aumento foi previsto devido ao crescimento da inflação no país. O Copom sinalizou que novos ajustes na Selic podem ocorrer nos próximos meses, com a possibilidade de superar 15% ao ano em 2025, o que representaria o maior nível em quase 20 anos. A expectativa é que o ciclo de alta seja guiado pela necessidade de conter a inflação, cujos efeitos são mais prejudiciais para a população de baixa renda.
A decisão também marca a primeira reunião do Copom com a maioria de diretores indicados pelo atual governo. Apesar das críticas de lideranças políticas em relação ao aumento da Selic, o Comitê reforça que o processo de aperto monetário tem como principal objetivo alinhar a inflação às metas do Banco Central. O governo, por meio de declarações, indicou que não haverá interferência na gestão do BC, garantindo a autonomia da instituição, que desde 2021 possui mandato fixo para seus diretores.
A inflação, que ficou acima da meta de 3% em 2024, continua a ser um desafio, com previsões de crescimento para os próximos anos. Fatores como a variação nos preços de alimentos e energia elétrica, além do impacto do câmbio, têm pressionado a economia. A expectativa do mercado é de que o Banco Central continue a ajustar os juros conforme necessário, com foco na estabilidade econômica e no controle da inflação, que deverá continuar acima da meta até 2025.