O Senado brasileiro só iniciará suas atividades legislativas após a eleição da Mesa Diretora e a definição das lideranças das comissões, que são fundamentais para a tramitação de projetos e debates no Legislativo. As 16 comissões permanentes têm diversas atribuições, que vão desde a análise de projetos de lei até a fiscalização de atos do governo. Além disso, essas comissões realizam audiências públicas, sabatinam autoridades e discutem propostas de alteração das leis. O exemplo mais recente foi a discussão sobre a reforma tributária, com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) liderando o debate sobre o projeto de regulamentação.
As comissões do Senado são compostas de maneira proporcional aos partidos e blocos parlamentares, respeitando a representação de cada legenda. A eleição de seus presidentes e vice-presidentes é feita por meio de votação secreta entre os membros, sendo o processo decisivo para o andamento das atividades. Os presidentes, com mandato de dois anos, têm a responsabilidade de coordenar as discussões, definir as pautas e garantir o andamento das propostas. Não é permitida a reeleição de um presidente para o mesmo cargo dentro da mesma legislatura.
Além das comissões da Casa, senadores também participam de comissões mistas no Congresso Nacional, como a Comissão Mista de Orçamento, responsável pela análise das principais leis orçamentárias do país. Essas comissões têm um papel central na aprovação de projetos e na fiscalização de políticas públicas. A organização interna do Senado, incluindo a escolha dos membros e dirigentes das comissões, é um processo complexo que depende de acordos partidários e da proporcionalidade, sendo crucial para o bom andamento do trabalho legislativo.