Após a eleição para a presidência da Câmara, a articulação para a definição das presidências das comissões permanentes será o próximo passo dos deputados. O processo deve se estender até após o carnaval, com líderes políticos focados em escolher nomes capazes de dialogar com as diversas correntes da Casa. A Comissão de Saúde, em particular, se destaca neste cenário devido à sua importância na distribuição de emendas parlamentares, sendo alvo de disputa entre partidos, especialmente o PL e o PT.
Além disso, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) será presidida pelo União Brasil, conforme um acordo prévio, enquanto a relatoria do Orçamento, um cargo estratégico, foi recentemente transferida ao MDB. A Comissão de Relações Exteriores também será requisitada pelo PL, com nomes em disputa para a liderança do colegiado. O PL, por sua vez, também está interessado em outras comissões importantes, como Segurança Pública e Educação, além de disputar a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle com o PT.
Partidos como o PSD e o PT buscam reforçar sua posição em comissões chave, com o PSD vislumbrando a presidência da Comissão de Turismo, relacionada a temas econômicos e de infraestrutura, e o PT com o objetivo de comandar a comissão responsável pela fiscalização financeira do governo. Esse cenário de negociações reflete a disputa por controle de áreas estratégicas dentro da Câmara, onde os partidos buscam assegurar maior influência na destinação de recursos e na definição das pautas legislativas para os próximos anos.