O deputado Túlio Gadêlha, presidente da Comissão sobre Migrações e Refugiados do Congresso, anunciou que tomará providências junto à embaixada dos Estados Unidos e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre o tratamento de brasileiros deportados. Gadêlha destacou que o Congresso buscará garantir o tratamento adequado dos cidadãos, denunciando abusos e exigindo respeito aos direitos humanos, em resposta ao que considera uma política migratória autoritária.
Na última semana, o Itamaraty convocou o encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, para esclarecer o que foi classificado como distúrbios durante a deportação de brasileiros. Escobar confirmou que o procedimento de algemar deportados é uma prática recorrente dos Estados Unidos, mas prometeu investigar as acusações de violações de direitos humanos. A medida ocorreu após o desembarque de deportados em Belo Horizonte, que simbolizou a intensificação da política migratória adotada pelo governo dos Estados Unidos.
A recente política de imigração do governo Trump, que inclui medidas como deportações em massa e o restabelecimento de programas controversos, como o “Permaneça no México”, está sendo amplamente criticada. Além disso, o governo Trump tem reforçado ações militares na fronteira e endurecido as regras de asilo. A chegada de deportados no Brasil reflete o início de uma nova fase no controle migratório dos Estados Unidos, que poderá ter impactos tanto para os imigrantes quanto para as relações bilaterais entre os dois países.