A Comissão Europeia respondeu às críticas de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, sobre a legislação da União Europeia em relação à moderação de conteúdo. Em uma declaração, o órgão executivo da UE esclareceu que a Lei de Serviços Digitais não exige a remoção de conteúdo legal, mas visa combater conteúdos prejudiciais, como aqueles que afetam crianças ou ameaçam a democracia. A porta-voz da Comissão, Paula Pinho, negou categoricamente que as ações da UE possam ser caracterizadas como censura.
Zuckerberg havia afirmado que as leis europeias de dados estariam impondo censura nas redes sociais, e mencionou que a Meta encerraria seus programas de checagem de fatos no Facebook, Instagram e Threads, começando pelos Estados Unidos. Ele ainda criticou a Europa por adotar regulamentações que, segundo ele, dificultam a inovação, além de fazer referência a práticas em tribunais secretos que ordenam a remoção de conteúdo sem transparência.
Em resposta à mudança na política de checagem de fatos, a Meta anunciou a adoção de um sistema de notas da comunidade, similar ao utilizado pelo X, plataforma de Elon Musk. A Comissão Europeia, por sua vez, afirmou que não recomenda formatos específicos de moderação, mas enfatizou que qualquer modelo deve ser eficaz para a proteção dos usuários.