Na terça-feira (7), o CEO da Meta criticou a União Europeia, alegando que o bloco estaria institucionalizando a censura por meio de suas regulamentações. Em resposta, a Comissão Europeia rejeitou as acusações, afirmando que as regras em vigor permitem a publicação de conteúdos dentro dos limites da legislação local. A comissão destacou ainda que, ao seguir as leis estabelecidas, as plataformas não precisam alterar seus modelos de operação, pois estas normas estão alinhadas com os direitos fundamentais de liberdade de expressão.
O debate também abordou a decisão da Meta de descontinuar o sistema de verificação de fatos em suas plataformas, como Facebook e Instagram, nos Estados Unidos. A Comissão Europeia enfatizou que, caso a empresa opte por adotar a mesma medida na Europa, será necessário realizar uma avaliação de riscos e apresentar essa análise às autoridades locais. O fim da checagem de dados gerou preocupações sobre o aumento da desinformação e seus impactos na segurança e bem-estar dos usuários.
A situação provocou reações em diferentes esferas, incluindo no Brasil, onde autoridades destacaram a importância de que as redes sociais respeitem as leis locais. A decisão da Meta foi criticada por especialistas, que alertaram que a remoção de mecanismos de checagem poderia deixar os usuários ainda mais vulneráveis à disseminação de informações falsas, exacerbando o problema da desinformação em escala global.