A última reunião da Comissão de Transição da Prefeitura de Goiânia, realizada em 7 de janeiro, trouxe à tona um relatório detalhado sobre a situação financeira do município, que acumula uma dívida total de R$ 3.402.356.621,54. Desse montante, R$ 334.528.847,23 correspondem a dívidas da gestão anterior. O relatório, com 91 páginas, apresentou um diagnóstico dos órgãos municipais, apontando desafios significativos, como a situação financeira da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas). A dívida da Comurg, em particular, é destacada como uma das mais problemáticas, totalizando cerca de R$ 2,35 bilhões.
Paulo Ortegal, coordenador da comissão, informou que o documento já está sendo encaminhado para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), com previsão de apresentação oficial até março ou abril. Ele destacou que, embora as informações fornecidas pela administração anterior não tenham sido completas, foram suficientes para a elaboração do relatório. Além disso, a comissão tratou de questões como a responsabilidade da Comurg, reconhecida pelo TCM como uma estatal dependente da Prefeitura, e sugeriu que o novo prefeito, Sandro Mabel, tome as medidas cabíveis para lidar com a situação.
O controlador-geral do município, Juliano Gomes Bezerra, alertou que os valores apresentados ainda podem sofrer alterações, já que algumas dívidas precisam ser auditadas e consolidadas. Entre os maiores credores estão a Comurg, a Secretaria Municipal de Saúde e o Tesouro Municipal. O relatório ainda está sendo ajustado, e o município poderá revisar ou corrigir o total de suas dívidas com base em auditorias e informações adicionais que ainda estão sendo coletadas.