A Controladoria-Geral da União (CGU) encaminhou à Comissão de Ética Pública (CEP) denúncias de assédio moral envolvendo a atual ministra das Mulheres. As acusações, feitas por servidoras, incluem ameaças de demissão, cobrança excessiva de prazos, tratamento hostil e manifestações de preconceito. Embora a CGU tenha informado que não possui competência para investigar ministros, os relatos foram encaminhados à CEP, que conduzirá a apuração de acordo com seus procedimentos.
De acordo com as denúncias, os problemas teriam começado após um desentendimento entre a ministra e uma ex-secretária do ministério, que acabou exonerada. Durante uma reunião com os servidores, a ministra teria proferido falas que as denunciantes interpretaram como ameaças. Além disso, outras pessoas que ocupam cargos de liderança no ministério também foram mencionadas nas acusações, mas, após análise, a CGU concluiu que não havia elementos suficientes para prosseguir com a apuração dessas denúncias.
O Ministério das Mulheres, por sua vez, refutou as acusações e destacou que nenhuma denúncia formal foi registrada nos canais apropriados de sua corregedoria. A pasta também reforçou seu compromisso em combater qualquer forma de discriminação e se comprometeu a colaborar com eventuais investigações externas. Este episódio ocorre em um contexto mais amplo, após a demissão de um ministro do governo federal por acusações de assédio, o que evidencia o compromisso do governo com a apuração de casos de violência contra as mulheres.