O superávit da balança comercial brasileira alcançou US$ 74,55 bilhões em 2024, uma redução de 24,6% em relação ao recorde histórico de 2023, que foi de US$ 98,9 bilhões. Esse foi o menor saldo anual desde 2022, quando o superávit ficou em US$ 61,5 bilhões. A diminuição foi atribuída principalmente ao aumento das importações, que cresceram 7,7%, enquanto as exportações recuaram 2% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 337,03 bilhões.
Os principais produtos exportados em 2024 incluíram óleos brutos de petróleo, soja e minério de ferro, embora a soja tenha registrado uma queda significativa de 19,4% no valor exportado. Entre os itens importados, destacou-se o aumento expressivo na compra de veículos de passageiros (+43,2%) e motores e máquinas não elétricos (+28,9%). Em contrapartida, houve quedas nas importações de adubos e fertilizantes (-7,2%) e óleos combustíveis (-12,3%), refletindo mudanças nos padrões de consumo e produção industrial.
Para 2025, o Ministério do Desenvolvimento projeta um superávit comercial entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões. As exportações devem atingir entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, enquanto as importações estão previstas entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões. As projeções refletem um cenário de moderado otimismo, com ajustes nas dinâmicas globais de comércio e no equilíbrio entre exportações e importações.