O comer emocional é um comportamento em que as emoções, como estresse e ansiedade, influenciam diretamente nossas escolhas alimentares. Esse tipo de alimentação é frequentemente impulsionado pela busca por alimentos calóricos e ultraprocessados, conhecidos como “comfort foods”, que proporcionam alívio momentâneo, mas podem resultar em problemas metabólicos e ganho de peso. O endocrinologista Hans Selye, em 1936, foi pioneiro ao descrever o impacto do estresse na saúde, o que levou a uma maior compreensão sobre como as emoções afetam o comportamento alimentar.
A fome emocional se difere da fome fisiológica, sendo mais seletiva e urgente, associada frequentemente a sentimentos de culpa após o consumo. Já a fome fisiológica é mais gradual e pode ser satisfeita com qualquer alimento saudável. Estudos indicam que o estresse ativa hormônios que aumentam a vontade de comer alimentos calóricos, promovendo uma sensação temporária de prazer, mas prejudicando a saúde a longo prazo. Além disso, momentos de pressão intensa, como no trabalho, aumentam o risco de consumir mais calorias, especialmente em indivíduos com dietas restritivas.
Para gerenciar o comer emocional, é essencial identificar os gatilhos emocionais que causam o desejo incontrolável por alimentos. Estratégias como distrações saudáveis, respiração diafragmática, planejamento alimentar e a prática de exercícios físicos são eficazes para reduzir esses impulsos. A atividade física libera hormônios que melhoram o bem-estar e ajudam a equilibrar as emoções, enquanto o sono adequado regula os hormônios do apetite, reduzindo a probabilidade de episódios de comer emocional. Essas práticas contribuem para uma relação mais saudável com a alimentação e o controle do estresse.