O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou que a narrativa que associa o enfrentamento ao extremismo a medidas autoritárias é falsa. Em uma carta lida pelo vice-presidente do STF, Edson Fachin, durante evento no Planalto, Barroso afirmou que tal discurso é alimentado tanto no Brasil quanto no exterior como uma tentativa de deslegitimar ações realizadas dentro do Estado de direito. Ele acrescentou que essas falas são usadas como disfarce por aqueles que continuam a desafiar os princípios democráticos e promover violações às regras do jogo democrático e aos direitos humanos.
As declarações de Barroso surgem em um contexto de intensificação dos debates sobre a regulação das redes sociais e a responsabilização das plataformas por conteúdos publicados pelos usuários. Recentemente, o Supremo retomou a discussão sobre o Marco Civil da Internet, com alguns votos favoráveis à ampliação das punições às empresas de tecnologia. Essa questão tem gerado grande repercussão, especialmente após o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, criticar tribunais de censura na América Latina e anunciar mudanças na moderação de conteúdo nas plataformas da empresa nos Estados Unidos.
O evento também contou com posicionamentos em defesa da democracia e reflexões sobre os atos violentos de janeiro de 2023. A postura do STF reforça a importância de combater o extremismo sem abrir espaço para interpretações que associem tais esforços a autoritarismo. O momento exige atenção à desinformação e ao uso da mentira como ferramenta política, tema central das recentes declarações públicas de líderes do Judiciário.