A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou preocupação com a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano. Para a CNI, essa medida reflete a continuidade de uma política monetária centrada na alta dos juros, que é vista como inadequada diante da atual conjuntura econômica do Brasil, marcada por uma desaceleração da atividade e desafios fiscais.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, argumenta que o Banco Central não está levando em consideração fatores importantes, como a aprovação do pacote fiscal e as perspectivas de cumprimento da meta de resultado primário para os próximos anos. A entidade afirma que o cenário fiscal tende a ser cumprido em 2024 e 2025, mas com um esforço de contingenciamento, o que, segundo a CNI, não justifica o aumento da Selic.
A alta da taxa de juros, na visão da CNI, resulta em custos adicionais para as empresas e consumidores, além de agravar a perda de empregos e a redução da renda. A confederação destaca que essa política pode ter efeitos negativos sobre a economia, intensificando os desafios econômicos para a população e o setor produtivo.