A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou-se contra a provável alta da taxa de juros Selic nesta quarta-feira (29), prevista para subir para 13,25% ao ano. A entidade acredita que a continuidade do ciclo de aumento dos juros ignoraria os esforços em política fiscal e afetaria negativamente a criação de empregos e a geração de renda. A CNI argumenta que os juros altos geram uma série de impactos, como o adiamento de investimentos industriais e o desperdício de oportunidades de crescimento para o país.
A CNI também destaca que a alta da Selic eleva significativamente o custo da dívida pública, com estimativas de que cada aumento de um ponto percentual possa gerar um custo adicional de R$ 50 bilhões à dívida federal. Além disso, a entidade aponta que os juros elevados abalam a confiança dos empresários, um fator que tem contribuído para a desaceleração da atividade econômica. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da CNI registrou uma queda para 49,1 pontos em janeiro de 2025, o que reflete uma tendência de perda de confiança no setor.
Por fim, a CNI alerta que o aumento da Selic torna o crédito mais caro, dificultando a execução de projetos e intensificando o desperdício de potenciais de crescimento no Brasil. A entidade ressalta que a economia está enfrentando desafios, incluindo uma desaceleração fiscal desde o segundo semestre de 2024, e que a continuidade dos aumentos nos juros pode comprometer ainda mais o dinamismo da atividade econômica no país.