A Confederação Nacional da Indústria (CNI) expressou sua insatisfação com o aumento de 1 ponto percentual da taxa Selic, que passou para 13,25% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Para a CNI, a elevação da taxa reflete a persistência de uma política monetária focada no aumento dos juros, sem considerar outras alternativas para lidar com a inflação, como as mudanças no cenário fiscal e a desaceleração da economia brasileira.
A entidade também destacou que a decisão do Copom não leva em conta os efeitos positivos da aprovação do pacote fiscal, que poderá ser expandido ainda em 2025. De acordo com a CNI, a meta de resultado primário será cumprida, e a expectativa é que isso seja alcançado por meio de um contingenciamento de R$ 4,2 bilhões, considerando a banda inferior da meta fiscal. A CNI sugere que a avaliação do Banco Central não está suficientemente alinhada com os dados mais recentes sobre o quadro fiscal e econômico do país.
Por fim, a CNI alertou que o aumento da Selic terá um impacto negativo sobre o custo do crédito para empresas e consumidores, o que pode gerar mais desemprego e perda de renda. A entidade considera o aumento da taxa de juros injustificado, dada a atual conjuntura econômica e fiscal do Brasil, e defende a adoção de uma abordagem mais equilibrada na política monetária para evitar mais danos à economia.