A Polícia Civil de Goiás investiga um casal acusado de realizar procedimentos estéticos invasivos sem a qualificação necessária, em clínicas que atendiam celebridades e ostentavam grande visibilidade nas redes sociais. Desde 2017, 63 pacientes procuraram a polícia para denunciar práticas que envolviam cirurgias realizadas por profissionais sem capacitação técnica. Entre os procedimentos questionados estão rinoplastias e harmonizações faciais, que, segundo as investigações, foram feitas com materiais inadequados, como óleo industrial em vez de ácido hialurônico.
Os exames realizados em alguns pacientes mostraram sérias complicações, como cicatrizes permanentes e deformações, o que levou a um aumento das denúncias. A Polícia Civil apreendeu diversos produtos e equipamentos nas clínicas, incluindo seringas com materiais possivelmente adulterados. Além disso, a investigação revelou que os responsáveis pelas clínicas, apesar de possuírem registros técnicos, não tinham a formação necessária para a realização dos procedimentos médicos.
Os acusados negam as alegações e afirmam que os casos de insatisfação dos pacientes resultam de falhas no pós-operatório, não sendo responsabilidade dos procedimentos realizados. A defesa também questiona a legalidade das prisões e afirma que todas as questões administrativas, incluindo o alvará de funcionamento das clínicas, serão regularizadas. A investigação continua, e os envolvidos enfrentam acusações graves, como exercício ilegal da medicina e lesões corporais.