A Polícia Civil de Goiás investiga um esquema de revenda ilegal de medicamentos falsificados e a realização de procedimentos estéticos irregulares em uma clínica, envolvendo acusados de manipulação de receitas médicas falsas. Mais de 70 vítimas já denunciaram complicações decorrentes dos tratamentos realizados no local. A investigação revelou que o casal responsável pela clínica utilizava receitas falsas para adquirir medicamentos de laboratórios, os quais eram revendidos e usados nos procedimentos, causando sérios danos físicos e psicológicos aos pacientes. Além disso, a clínica operava sem as devidas licenças e em condições inadequadas, com profissionais sem formação necessária para a execução dos serviços.
O caso ganhou notoriedade após relatos de pacientes que sofreram sequelas após procedimentos estéticos, como cirurgias mal-sucedidas e a aplicação de substâncias não autorizadas. Entre as vítimas, algumas precisaram de intervenções corretivas, enquanto outras enfrentam danos irreparáveis à saúde. A investigação começou em 2024, e novos depoimentos continuam a surgir, fortalecendo as acusações contra os envolvidos. A defesa dos acusados refuta as alegações e alega abusos durante a investigação, afirmando que as acusações não são sustentadas por provas sólidas e que o processo deve ser conduzido dentro dos parâmetros legais.
A Polícia Civil afirma que todas as ações seguem os trâmites legais e que as investigações estão baseadas em informações consistentes obtidas ao longo de mais de um ano de apuração. O trabalho da polícia visa proteger a sociedade e buscar a verdade, respeitando os direitos de todas as partes envolvidas. As unidades da clínica foram fechadas pela Vigilância Sanitária, e os acusados tiveram bens e contas bloqueadas. O processo segue em andamento, com a possibilidade de novos desdobramentos legais e judiciais.