Vinte e sete de janeiro, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária realizaram uma operação em uma clínica terapêutica ilegal localizada em Magé, Baixada Fluminense, após duas vítimas conseguirem escapar e pedir ajuda. A clínica, que se passava por um centro de tratamento para dependentes químicos, operava sem a documentação necessária, como alvará de funcionamento e licença sanitária. Durante a ação, foram encontradas evidências de maus-tratos, como agressões físicas e psicológicas, abuso sexual e a venda ilegal de substâncias, incluindo drogas e cigarros a preços exorbitantes.
As vítimas, mulheres com idades entre 22 e 62 anos, relataram condições degradantes no local, incluindo agressões físicas e verbais constantes. Algumas mulheres também mencionaram serem assediadas pelos responsáveis e outras pessoas dentro da clínica. Os relatos apontam que as recém-chegadas eram frequentemente alvo de assédio e que havia um ambiente de pressão psicológica. As vítimas foram resgatadas e algumas passaram por exames de corpo de delito, enquanto outras optaram por não seguir com o atendimento.
Os responsáveis pela clínica, que já estavam sendo investigados por crimes como sequestro, cárcere privado e abuso sexual, foram ouvidos, mas liberados após o depoimento. A Vigilância Sanitária fechou o local, que foi considerado insalubre e com condições totalmente inadequadas. As investigações continuam, com foco nas práticas ilegais e no tratamento das vítimas, enquanto as autoridades buscam mais informações sobre a operação da clínica e os envolvidos no caso.