O clima extremo de 2024, com calor intenso, seca prolongada e enchentes, afetou diretamente os preços de alimentos essenciais no Brasil. O preço de itens como carne, café, leite e laranja subiu consideravelmente, impulsionado por problemas na produção causados pelas condições climáticas adversas. A inflação dos alimentos e bebidas foi de 7,69%, bem acima dos 1,11% registrados em 2023, refletindo um impacto direto no bolso dos brasileiros, especialmente no café da manhã e no almoço.
Por outro lado, alguns alimentos, como cebola e tomate, apresentaram queda nos preços devido aos efeitos do clima. A cebola, por exemplo, teve uma redução de 35,3% no ano, após um período de alta no início de 2024. A seca, que afetou várias lavouras, favoreceu a produtividade desses produtos e resultou em preços mais baixos para o consumidor. No caso do tomate, embora tenha havido variação nos primeiros meses do ano, o segundo semestre trouxe condições mais favoráveis, resultando em uma queda de 25,8% no preço anual.
Além do impacto no clima, a alta nos preços de itens como café e carne também é explicada por fatores como a redução da oferta e o aumento das exportações. O ciclo pecuário, a escassez de pastos devido à seca, e o aumento das vendas externas de carne bovina contribuem para a disparada nos preços, que não devem cair em 2025. A perspectiva é que o aumento nos preços de alimentos essenciais continue nos próximos anos, devido à combinação de fatores climáticos e econômicos.