O cinema brasileiro alcançou um marco inédito em 2024, com o maior número de salas em funcionamento já registrado no país. Dados divulgados pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) mostram que 3.509 salas operaram durante o ano, superando as 3.478 de 2019, período pré-pandemia. O avanço reflete uma recuperação significativa após o impacto severo da Covid-19, que levou ao fechamento de quase metade das salas em 2020. Além disso, cidades menores como Monte Carmelo e Ponte Nova, em Minas Gerais, e Miracema, no Rio de Janeiro, receberam suas primeiras salas de cinema, enquanto Viçosa, em Alagoas, celebrou a reabertura de um cinema fechado há três décadas.
Outro destaque de 2024 foi o aumento expressivo no público frequentador de cinemas. Mais de 121 milhões de pessoas assistiram a filmes nas salas do país, quase o dobro do registrado em 2023. Essa expansão foi impulsionada por uma combinação de fatores, como investimentos culturais, leis de incentivo e produções nacionais de destaque, incluindo os sucessos de bilheteria “Nosso Lar 2,” “Ainda Estou Aqui,” e “O Auto da Compadecida 2.” Esses esforços consolidaram o setor como uma força crescente no mercado cultural e econômico brasileiro.
Para 2025, a expectativa é ainda maior, com lançamentos aguardados como “Anora,” vencedor da Palma de Ouro, e o novo filme do diretor de “Parasita,” “Mickey 17.” Outras estreias incluem “O Brutalista,” “Vitória,” estrelado por Fernanda Montenegro, e a cinebiografia de Michael Jackson, prevista para outubro. Entre as produções internacionais e nacionais, o cinema brasileiro reafirma sua relevância e capacidade de se reinventar, alcançando novas audiências e fortalecendo sua presença global.