Quatro cidades de Pernambuco, Paulista, Caruaru, Olinda e Limoeiro, implementaram proibições à venda e distribuição de armas de gel, também conhecidas como gel blasters, após uma série de acidentes envolvendo esses artefatos. O fenômeno, que ganhou popularidade entre crianças e adolescentes no último ano, começou a ser combatido com projetos de lei em diversas assembleias estaduais, incluindo sete estados brasileiros, com o objetivo de regulamentar ou proibir essas armas.
As armas de gel, que chegaram ao Brasil importadas da China, são movidas por eletricidade e disparam bolinhas de gel, frequentemente utilizadas em batalhas recreativas filmadas e divulgadas nas redes sociais. No entanto, um grave incidente envolvendo uma criança em Paulista, que sofreu uma hemorragia ocular, alertou as autoridades para os perigos associados ao uso inadequado desses equipamentos. Embora não sejam oficialmente classificadas como brinquedos, as gel blasters se assemelham a equipamentos de airsoft e paintball, regulados por legislação específica, e o uso impróprio pode resultar em infrações legais, como lesões ou distúrbios.
Após as proibições em Pernambuco, os casos de acidentes diminuíram, e a regulamentação dessas armas segue em discussão em outras partes do Brasil, como no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Além disso, as autoridades locais intensificaram o combate à comercialização irregular dessas armas, considerando-as réplicas de armas de fogo, o que infringe o Estatuto do Desarmamento. Apesar disso, defensores das gel blasters argumentam que, se usadas de maneira segura, essas armas não apresentam riscos significativos.