Em 2025, os crimes cibernéticos se destacam como a principal preocupação para 38% das empresas, um aumento significativo em relação aos 12% observados há dez anos. A pesquisa Allianz Risk Barometer, realizada com 3.778 gestores de risco em 106 países, revelou que essa ameaça agora lidera a lista de riscos em várias regiões, incluindo o Brasil, onde 41% dos entrevistados mencionaram os cibercrimes como prioridade. O estudo destaca o impacto dos rápidos avanços da inteligência artificial no aumento da percepção de vulnerabilidade, especialmente em setores como finanças, telecomunicações, mídia e tecnologia.
Além dos riscos cibernéticos, a interrupção de negócios e as catástrofes naturais também figuram entre as maiores preocupações das empresas. A interrupção de cadeias de suprimentos e mercados, que afetou fortemente setores como energia, transporte e alimentação, é apontada como prioridade para 31% dos gestores. Já os eventos climáticos extremos, como inundações e incêndios, ocuparam o terceiro lugar entre os riscos mais citados, com 31% das respostas, refletindo o crescente impacto das mudanças climáticas sobre as operações empresariais e a necessidade de estratégias de mitigação.
No Brasil, os cibercrimes são igualmente a maior preocupação, seguida pelas mudanças climáticas e catástrofes naturais. Embora o mercado de seguros cibernéticos ainda seja pequeno em comparação com o total do setor, a crescente demanda por proteção contra riscos digitais destaca a importância da adaptação das empresas às novas realidades do mercado global. A pesquisa também aponta desafios específicos do contexto brasileiro, como desigualdade e infraestrutura limitada, que dificultam a implementação eficaz de estratégias de prevenção e mitigação, embora setores como o agronegócio e a energia renovável mostrem avanços.