A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) revisou sua posição sobre a origem da pandemia da Covid-19, concluindo que é mais provável que o vírus tenha surgido de um laboratório do que da natureza. Anteriormente, a agência afirmava não ter elementos suficientes para determinar a origem do vírus, mas recentemente, o ex-diretor da CIA, William Burns, pediu uma avaliação mais clara, considerando o impacto histórico da pandemia. Essa nova análise, no entanto, foi acompanhada de uma ressalva: a CIA afirma ter baixa confiança em sua avaliação, pois tanto a hipótese laboratorial quanto a natural continuam sendo possíveis.
A avaliação foi feita após anos de incertezas sobre o tema, mas as novas diretrizes de investigação sugerem que a origem do vírus pode estar ligada a uma falha em um laboratório, como o Instituto de Virologia de Wuhan, na China. O novo diretor da CIA, John Ratcliffe, também reforçou essa posição em declarações recentes, apontando que sua agência deve priorizar uma avaliação pública sobre o assunto. Contudo, a China tem negado essas alegações, alegando que as investigações foram politizadas e que a teoria do vazamento de laboratório não possui credibilidade.
A postura da China, que participaria de pesquisas sobre a origem do vírus, contradiz as avaliações feitas pelas agências de inteligência dos EUA. Além disso, permanece a dúvida sobre as fontes de informação utilizadas pela CIA para essa nova conclusão, e se houve novos dados que possam ter influenciado a mudança de posição. A questão segue sendo um tema delicado nas relações entre os dois países, com ambos os lados mantendo posições firmes sobre o assunto.