As fortes chuvas que atingiram Minas Gerais no último fim de semana resultaram na morte de pelo menos 11 pessoas, elevando para 24 o número total de óbitos desde o início do período chuvoso, em setembro de 2024. Em Ipatinga, no Vale do Aço, um deslizamento de terra causou a morte de cinco membros de uma mesma família, enquanto outras vítimas foram registradas em diversas cidades da região. Além disso, o temporal causou graves danos materiais, como a destruição de casas, alagamentos e a interrupção de serviços essenciais, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que precisou ser evacuada.
O prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, descreveu as chuvas como uma tromba d’água de volume extremo, com a cidade recebendo cerca de 80 milímetros de chuva em menos de uma hora. A situação levou à decretação de emergência, com prazo de 180 dias, a fim de facilitar a recuperação das infraestruturas danificadas e o atendimento às vítimas. O governo estadual, por meio do governador Romeu Zema, também se mobilizou para apoiar as operações de resgate e fornecimento de ajuda às cidades afetadas.
O impacto das chuvas já resultou no desalojamento de quase 1.800 pessoas, que buscaram abrigo temporário em casas de parentes, amigos e abrigos públicos. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta que o clima continuará instável, com a previsão de mais chuvas fortes nas regiões norte, leste e centro de Minas Gerais, onde o solo já está saturado. O total de cidades afetadas desde setembro chega a 56, que decretaram situação de emergência ou calamidade pública.