As chuvas que atingem o Amazonas neste início de ano têm acelerado a subida do Rio Negro, que alcançou 21,77 metros em Manaus no dia 24 de janeiro, superando em 90 centímetros o mesmo período de 2024. Desde novembro, o rio vem apresentando uma subida constante, com uma média de 12 centímetros por dia em janeiro, o que tem provocado mudanças significativas no ambiente local. Em 2024, o nível do rio foi o mais baixo em mais de 120 anos, afetando o Encontro das Águas e o comércio local, mas a situação atual reflete uma recuperação notável.
A cheia do Rio Negro também traz impactos para a logística de transporte e comércio na região. Com a redução do nível do rio nos últimos anos, empresas precisaram adaptar suas operações, como foi o caso da instalação de um píer flutuante em Itacoatiara para facilitar a movimentação de mercadorias. Além disso, a cheia do rio traz mudanças visuais na cidade de Manaus, com bancos de areia desaparecendo e o aumento do fluxo de turistas, já que o primeiro cruzeiro da temporada chegou à cidade, marcando a chegada de mais visitantes durante o período de cheia.
Em outras partes do estado, o aumento das águas também tem gerado preocupações, com rios como o Amazonas e o Solimões apresentando níveis significativos. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para chuvas intensas e ventos fortes, com previsão de precipitação de até 30 mm por hora, o que pode causar alagamentos e danos. A previsão de tempo instável se estende por diversas regiões do estado, com exceção das cidades próximas ao Acre, que devem ter clima mais firme.