As fortes chuvas que atingem o estado de Minas Gerais desde o final de 2024 causaram a declaração de emergência em mais de 40 cidades. A previsão é de que o início de 2025 seja marcado por mais tempestades intensas, com inundações sendo uma preocupação constante. Estudo coordenado pela Universidade Federal de São Paulo, em parceria com a Unesco e o Ministério da Ciência e Tecnologia, aponta que as mudanças climáticas, em especial o fenômeno La Niña, têm exacerbado essas condições meteorológicas.
De acordo com o pesquisador Ronaldo Christofoletti, o aquecimento global alterou o ciclo das chuvas, e as cidades precisam adaptar sua infraestrutura para enfrentar essas mudanças extremas. Ele enfatiza a importância de ações preventivas para reduzir os impactos das tempestades e minimizar danos como as inundações recorrentes em várias regiões. No entanto, o estudo revela que o poder público tem diminuído investimentos em prevenção de desastres naturais, o que agrava ainda mais a situação.
Em Belo Horizonte, a prefeitura tem incentivado a criação de jardins de chuva, que ajudam a reduzir o volume de água das chuvas e, assim, evitar alagamentos. Moradores que adotam essa prática recebem um desconto de 10% no IPTU, como forma de incentivar a adaptação urbana. Além disso, outras medidas, como a melhoria da limpeza urbana e a redução do uso de carros, também são apontadas como importantes para a prevenção de enchentes.