Na madrugada deste domingo (12), fortes chuvas atingiram Ipatinga, no interior de Minas Gerais, causando grande destruição e resultando em dez mortes, incluindo duas crianças. O bairro Betânia foi um dos mais afetados, com 204 mm de precipitação em uma hora. A tragédia se estendeu também ao município vizinho de Santana do Paraíso, onde um deslizamento de terra matou uma pessoa. Em resposta, a prefeitura de Ipatinga anunciou um auxílio financeiro de um salário mínimo para os moradores que perderam suas casas e bens, além de medidas de apoio como o fornecimento de abrigo e alimentos.
A situação de emergência foi decretada para os próximos 180 dias, permitindo ações imediatas, como resgates em propriedades privadas e a contratação de serviços essenciais. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ipatinga foi tomada pela lama e precisou ser fechada, redirecionando os atendimentos para cidades vizinhas. O prefeito pediu para que a população evite retornar a áreas de risco, enquanto 150 pessoas que ficaram desalojadas estão sendo acolhidas em escolas e no Estádio Municipal João Lamego Netto, onde também são recebidas doações de alimentos e produtos de higiene.
A tragédia expôs problemas estruturais da cidade, como a falta de planejamento em áreas com construções irregulares, um desafio presente há décadas. A prefeitura, em parceria com a Polícia Penal, está organizando mutirões de limpeza nas ruas e imóveis danificados. A previsão de mais chuvas nas próximas horas, com 40 mm adicionais, gera preocupação sobre novos deslizamentos e o agravamento da situação. O governo estadual também se comprometeu a acompanhar a situação, com o governador planejando uma visita à região nesta segunda-feira (13).