No sábado (25), o corpo de um artista plástico de 73 anos foi encontrado em sua residência na Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo, após a enxurrada provocada pelas chuvas da semana anterior. A água invadiu sua casa, atingindo dois metros de altura, o que sugere que o idoso tenha falecido por afogamento. Ele morava no andar superior do imóvel, enquanto o andar inferior estava vazio. A força da correnteza destruiu parte da infraestrutura local, inclusive arrastando carros e danificando o portão de contenção contra enchentes da residência.
A Prefeitura de São Paulo, por meio do prefeito Ricardo Nunes, destacou os desafios enfrentados na região, considerada um ponto crítico devido ao alto grau de impermeabilização e concentração das águas pluviais. Durante o final de semana, Nunes lamentou o ocorrido e apontou que, apesar das medidas adotadas para minimizar os impactos climáticos, áreas como a Vila Madalena permanecem vulneráveis a eventos como esse. A cidade tem se esforçado para enfrentar as chuvas fortes, mas as condições geográficas tornam a prevenção mais difícil.
O caso do artista é uma das 17 mortes registradas na Grande São Paulo em decorrência das chuvas desde dezembro, conforme informações da Defesa Civil. O número inclui mortes causadas por deslizamentos de terra e vendavais, além dos temporais que atingiram a região. A mais recente vítima fatal foi uma criança de 7 anos, que morreu no domingo (26) após ser arrastada pela enxurrada em um parque em Embu das Artes, cidade da Grande São Paulo.