Em Minas Gerais, as chuvas intensas de janeiro causaram sérios danos a diversas cidades. Em Espinosa, por exemplo, choveu quase o triplo do esperado para o mês, resultando em alagamentos e o transbordamento de três barragens. O excesso de água levou à evacuação de mais de mil moradores, e muitas casas sofreram danos estruturais, deixando famílias impossibilitadas de retornar. As chuvas também derrubaram pontes na zona rural e isolaram algumas localidades, afetando a vida de cerca de 250 pessoas.
Além das inundações, a situação em cidades como Cachoeira de Pajeú foi ainda mais crítica, com a destruição de uma igreja do século XIX e a transbordação do rio que corta a cidade, que invadiu casas e bloqueou estradas. Moradores de outros municípios como Francisco Sá, Salinas e Juramento também enfrentaram a perda de bens e a necessidade de desocupação das áreas afetadas. O impacto nas infraestruturas foi grande, e muitas famílias ainda aguardam o retorno às suas casas devido à instabilidade nas construções.
Na zona rural de Espinosa, a situação foi agravada pela perda de animais e lavouras, prejudicando os produtores locais. A comunidade está enfrentando dificuldades para se recuperar, e o impacto nas vidas cotidianas é visível, com pessoas como José Maria Mendes Dias, que perdeu seu carro devido à enchente, relatando as consequências devastadoras da água que invadiu sua propriedade. O cenário continua a ser de grande sofrimento para as famílias afetadas, enquanto as autoridades trabalham para tentar minimizar os danos e promover o retorno à normalidade.