A cidade de São Paulo registrou, na tarde de sexta-feira (24), o terceiro maior volume de chuva desde o início das medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1961. O intenso temporal afetou principalmente a Zona Norte, onde ruas foram alagadas, carros foram arrastados pela correnteza e houve até formatação de cachoeiras nas escadarias do Metrô. A estação Jardim São Paulo, na Linha 1-Azul do Metrô, teve sérios transtornos com passageiros precisando se segurar em grades para não serem levados pela água que invadia o local.
O sistema de transporte foi severamente impactado, com a linha 1-Azul operando parcialmente, enquanto o serviço de ônibus Paese foi acionado para cobrir os trechos afetados. Além disso, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) interrompeu a circulação de trens em diversas linhas devido aos alagamentos nos trilhos, causando aglomerações nas plataformas. Na Grande São Paulo, milhares de residências ficaram sem energia elétrica, agravando ainda mais a situação de crise no transporte e infraestrutura.
As autoridades locais, incluindo a Defesa Civil, emitiram alertas sobre o potencial de novos temporais, enquanto equipes de resgate, como os bombeiros, utilizaram botes para socorrer moradores. O bairro da Pompeia, na Zona Oeste, também foi fortemente atingido, com alagamentos em áreas residenciais e comerciais. Apesar dos esforços para drenar as vias e restaurar o serviço de transporte, os efeitos da tempestade continuaram a ser sentidos em várias regiões da cidade.