As autoridades chinesas, incluindo as bolsas de valores de Xangai e Shenzhen e o Banco do Povo da China, intensificaram esforços para estabilizar os mercados financeiros e o iuan, em meio a temores de instabilidade econômica e possíveis tensões comerciais com os Estados Unidos após o retorno de Donald Trump à presidência. A moeda chinesa atingiu seu menor valor em 16 meses, enquanto o índice de ações CSI300 sofreu quedas significativas, refletindo a apreensão dos investidores. Para conter a pressão de vendas, as bolsas solicitaram que grandes fundos mútuos aumentassem suas compras de ações, buscando acalmar o mercado.
Entre as medidas de contenção, destaca-se a possibilidade de emissão de mais notas de iuan em Hong Kong para absorver a moeda e reduzir a especulação, além de esforços para garantir aos investidores estrangeiros a continuidade da abertura dos mercados de capitais chineses. Analistas indicam que uma recuperação econômica robusta dependerá não apenas de estímulos, mas também da capacidade da China de negociar com os EUA, especialmente diante da ameaça de tarifas comerciais mais rígidas.
A economia chinesa enfrenta desafios estruturais, como a retração no setor imobiliário e a desaceleração da renda, que impactam o consumo e a atividade empresarial. Enquanto isso, as exportações, que têm sustentado a economia, correm risco de sofrer novas barreiras tarifárias com a reavaliação das relações comerciais entre Pequim e Washington. A estabilidade do iuan é vista como um pilar fundamental para a recuperação econômica em 2025.