O Ministério das Relações Exteriores da China declarou, nesta segunda-feira (20), que as empresas devem ter autonomia para tomar decisões sobre suas operações e negócios, sem interferência externa. A declaração foi emitida após o presidente dos Estados Unidos sugerir a formação de uma joint-venture entre a ByteDance, atual proprietária do TikTok, e investidores norte-americanos. O presidente propôs que, por meio dessa parceria, os EUA obteriam 50% da propriedade da rede social.
A sugestão foi apresentada por Donald Trump no último sábado (18), em um momento de crescente tensão entre os dois países em torno das questões de segurança cibernética e controle de dados. A proposta também incluiu a ideia de adiar a imposição de um possível banimento do aplicativo nos Estados Unidos, decisão que havia sido discutida anteriormente por preocupações com a privacidade e a segurança nacional.
A China, em sua resposta, reiterou que qualquer mudança nas operações de empresas como o TikTok deve ser uma escolha independente das partes envolvidas, sem imposições governamentais. A situação reflete as tensões geopolíticas mais amplas, especialmente em áreas relacionadas à tecnologia e ao controle de informações digitais, que têm sido temas centrais nas relações entre os dois países nos últimos anos.