O Chile decidiu convocar seu embaixador na Venezuela, Jaime Gazmuri, a retornar ao país, uma ação que ocorre dias antes da posse do presidente Nicolás Maduro para um novo mandato. O governo chileno justificou a medida pela alegada fraude eleitoral nas eleições de julho de 2024, que resultaram na reeleição de Maduro. A decisão é vista como uma reprovação diplomática ao processo eleitoral venezuelano e ocorre em um momento de tensões entre os dois países.
O embaixador Gazmuri era o último representante oficial do Chile na Venezuela, após a expulsão de outros diplomatas chilenos em agosto de 2024. A medida de convocação vem em resposta à falta de abertura e ao agravamento da crise política e social no país vizinho, que tem dificultado o diálogo bilateral entre as duas nações. A decisão reflete a crescente insatisfação do Chile com a situação na Venezuela e sua postura crítica em relação ao regime de Maduro.
Através de uma nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Chile reiterou seu desejo de que a Venezuela retome o caminho da democracia e dos direitos humanos, aspectos que considera ausentes no atual contexto do país. A expulsão de diplomatas e a convocação de Gazmuri fazem parte de uma série de medidas adotadas pelo Chile e outros países sul-americanos em resposta ao governo venezuelano, gerando mais distanciamento nas relações diplomáticas regionais.