O líder chavista Nicolás Maduro deve assumir um novo mandato nesta sexta-feira (10), após uma eleição amplamente contestada pela comunidade internacional. A oposição venezuelana, que não reconhece o resultado das eleições de julho, realiza protestos em várias cidades do país, exigindo a anulação do pleito e a posse de seu candidato, Edmundo González, que reivindica a vitória. O governo de Maduro, por sua vez, reafirma a vitória do presidente nas urnas, apesar da ausência de detalhes sobre os resultados divulgados pela autoridade eleitoral.
Edmundo González, que está fora do país, declarou que retornará a Caracas para assumir o cargo. A oposição, que o considera presidente legítimo, reforçou sua narrativa com números de votos publicados, recebendo apoio de diversas nações, incluindo os Estados Unidos. Além disso, María Corina Machado, líder da oposição, tem incentivado os venezuelanos a continuarem as manifestações pacíficas, enquanto pede apoio das forças de segurança ao movimento.
Enquanto a oposição intensifica suas mobilizações, o governo implementa forte segurança em Caracas, especialmente ao redor do Palácio de Miraflores, sede presidencial. A figura de Maduro, com o respaldo militar e das forças de inteligência, parece consolidada, mas o governo mantém uma postura vigilante diante dos protestos. A expectativa é que, além das manifestações oposicionistas, o partido governista também organize atos em apoio à posse de Maduro, com a situação política no país ainda altamente polarizada.