A startup chinesa DeepSeek lançou um chatbot de inteligência artificial que tem gerado discussões sobre a competição entre a China e os Estados Unidos no campo da IA. O assistente da DeepSeek rapidamente se tornou o aplicativo mais baixado na loja da Apple, o que provocou reações nos mercados financeiros e nas ações das grandes empresas de tecnologia. Entretanto, especialistas estão observando se a DeepSeek conseguiu atingir a excelência das empresas americanas, oferecendo um produto a um custo significativamente menor.
O chatbot da DeepSeek, ao ser comparado com o ChatGPT da OpenAI, revelou diferenças claras nas respostas sobre temas sensíveis, como o papel da China em questões políticas internas e externas. Em comparação com o ChatGPT, que fornece respostas mais amplas e críticas sobre eventos como a repressão na Praça Tiananmen ou as relações com Taiwan, o DeepSeek opta por respostas alinhadas com a narrativa oficial chinesa, muitas vezes evitando abordar certos tópicos ou distorcendo informações para se adequar às normas do governo chinês.
Esse contraste evidencia não apenas as abordagens distintas sobre liberdade de expressão e censura, mas também como as regulamentações do governo chinês influenciam o desenvolvimento e a operação de tecnologias no país. A China, que em 2023 impôs regulamentações rigorosas sobre a IA, exige que as empresas de tecnologia realizem análises de segurança antes de lançar produtos publicamente, o que reflete no tipo de conteúdo gerado pelos sistemas de IA, limitando discussões sobre temas considerados sensíveis pelo governo.