A diretora financeira da OpenAI, Sarah Friar, classificou o desafio legal movido por Elon Musk contra a empresa como uma estratégia competitiva. Durante uma entrevista no Fórum Econômico Mundial, Friar afirmou que espera que Musk não continue utilizando a lei como ferramenta para contornar a competição, especialmente considerando que ele é proprietário da xAI, empresa rival. Musk, que ajudou a fundar a OpenAI como uma organização sem fins lucrativos, acusou a empresa de desvirtuar sua missão inicial ao se tornar uma entidade com fins lucrativos.
Friar ressaltou que a construção de modelos de inteligência artificial exige grandes investimentos de capital, algo que a OpenAI precisaria para avançar em suas inovações. Ela explicou que, apesar das críticas, a mudança para um modelo lucrativo foi necessária para viabilizar o desenvolvimento de IA de ponta, como o GPT, que demanda bilhões de dólares para ser desenvolvido. A CFO também comentou sobre os possíveis caminhos financeiros da empresa, mencionando a arrecadação recente de US$ 6,6 bilhões e as discussões sobre uma possível oferta pública inicial (IPO), que poderia trazer vantagens, mas também implicaria desafios ao focar no retorno aos investidores.
Além disso, Friar falou sobre o crescimento da OpenAI no setor corporativo, destacando como empresas de diversos setores, como o Morgan Stanley, já utilizam suas tecnologias em áreas como gestão de patrimônio e banco de investimento. Ela observou que a empresa está expandindo suas soluções de IA, incluindo modelos para automação de tarefas cotidianas, como planejamento e assistência em desenvolvimento de software. A OpenAI segue avançando em direção ao uso de agentes de IA, modelos de raciocínio capazes de realizar funções antes executadas por seres humanos.