O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor no dia 19 de janeiro de 2025, após um atraso de quase três horas devido à demora na divulgação da lista de reféns a ser libertada. O governo israelense havia condicionado o início da trégua à divulgação da relação das pessoas que seriam libertadas, o que só ocorreu após a confirmação de três reféns israelenses. A primeira fase do acordo inclui a libertação de 33 reféns israelenses, em troca da retirada das forças israelenses de várias regiões da Faixa de Gaza e a liberação de prisioneiros palestinos. As operações militares israelenses, que haviam sido retomadas temporariamente durante o atraso, cessaram com a implementação do acordo.
O acordo, mediado por Estados Unidos, Catar e Egito, ocorrerá em três etapas, com a primeira focada na liberação gradual de reféns e prisioneiros. Ao longo da primeira semana, além das três mulheres israelenses, outros reféns serão libertados, e prisioneiros palestinos também terão sua liberdade concedida. O acordo prevê ainda a abertura de mais canais humanitários e a retomada de certas atividades econômicas e sociais em Gaza, como a circulação de pessoas e o aumento da entrada de ajuda internacional.
A segunda fase do acordo deverá envolver a devolução de mais reféns israelenses, com a expectativa de que as hostilidades entre as duas partes cheguem ao fim. A terceira fase abordará a reconstrução de Gaza, que deverá ser um processo longo e desafiador. Apesar dos avanços, questões sobre quem governará Gaza no futuro permanecem em aberto, uma vez que Israel não aceita a autoridade do Hamas sobre a região. A trégua oferece uma esperança de alívio, mas os detalhes finais do acordo ainda precisam ser monitorados de perto.