O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, mediado por países como os Estados Unidos, Catar e Egito, entrou em vigor no domingo (19), após um atraso na divulgação dos nomes dos reféns que seriam libertados. As três primeiras mulheres, todas com cidadania israelense, foram sequestradas em diferentes momentos do conflito, e sua liberação faz parte de um plano maior que visa a troca de reféns e prisioneiros. Ao todo, 33 reféns israelenses devem ser libertados nos próximos dias, enquanto Israel se compromete a soltar prisioneiros palestinos e retirar suas tropas da Faixa de Gaza.
A primeira etapa do acordo contempla a liberação de reféns e o cessar-fogo, com a troca de prisioneiros iniciando após a entrega dos nomes das vítimas. As reféns israelenses serão entregues em três pontos ao longo da fronteira com Gaza, e em troca, Israel libertará 95 prisioneiros palestinos. A expectativa é de que as liberações sigam ao longo da primeira semana de trégua, com mais reféns e prisioneiros sendo trocados até o final de janeiro. A entrada de ajuda humanitária a Gaza também será ampliada, e a travessia de Rafah será reaberta para facilitar o transporte de doentes.
As etapas seguintes do acordo envolvem a liberação de mais reféns e a retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza. A reconstrução da região e a devolução dos corpos dos reféns mortos também estão previstas, com a mediação de outras negociações sobre a administração do território. O acordo de cessar-fogo tem o potencial de encerrar mais de seis meses de conflito, mas ainda deixa questões delicadas sobre o futuro político e humanitário da região.