Um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor no último domingo (19), após um atraso de quase três horas. O acordo, que visa permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, gerou uma fila de caminhões carregados com suprimentos, aguardando a liberação para passar pela passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza. Segundo informações da ONU, cerca de 200 caminhões, incluindo 20 com combustível, começaram a entrar na região, enquanto mais caminhões estavam preparados para seguir em direção ao enclave palestino.
O atraso no início do cessar-fogo ocorreu devido à demora do Hamas em divulgar uma lista com os nomes de reféns que seriam libertados. Após a liberação dos nomes, o governo israelense confirmou a trégua, que também prevê o resgate gradual de 33 reféns, além do recuo das tropas israelenses e a soltura de prisioneiros palestinos. O governo de Israel anunciou que a operação de resgate teria início às 16h (horário local), com os primeiros reféns a serem libertados ainda no domingo.
Este cessar-fogo é a segunda pausa no conflito desde outubro de 2023, após um primeiro acordo em novembro do mesmo ano, que durou apenas uma semana. A população em Gaza saiu às ruas para comemorar a trégua, enquanto as organizações humanitárias intensificaram os esforços para distribuir alimentos e suprimentos médicos essenciais. O acordo de cessar-fogo reflete uma tentativa de aliviar a situação humanitária no território palestino, ao mesmo tempo que busca reduzir as tensões entre os envolvidos no conflito.