Neste domingo (19), um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor após um atraso de quase três horas. A trégua foi alcançada após mais de 15 meses de conflito na Faixa de Gaza, e a jornada de milhares de palestinos deslocados para casa começou, com muitos retornando a pé ou em veículos improvisados. A entrada do acordo de cessar-fogo foi adiada devido à demora do Hamas em fornecer os nomes das reféns que seriam libertadas, uma exigência do governo israelense. Durante o atraso, forças israelenses realizaram ataques aéreos em Gaza.
Após a divulgação da lista com os nomes das reféns, a trégua foi oficialmente iniciada às 11h15, horário local. Além das mulheres mencionadas, outras libertações estão previstas para os próximos dias, com a troca de prisioneiros ocorrendo gradualmente. O acordo faz parte de um processo em três fases, que prevê a liberação de 33 reféns pelo Hamas em troca de um recuo das forças israelenses e da soltura de prisioneiros palestinos. O impacto humanitário do conflito é profundo, com mais de 46 mil palestinos mortos e grande parte da infraestrutura da Faixa de Gaza destruída.
O acordo de cessar-fogo marca a segunda pausa no conflito desde outubro de 2023, sendo a primeira no fim de novembro do mesmo ano. Embora breve, a trégua trouxe momentos de alívio para os civis, que se reuniram nas ruas para comemorar o fim temporário dos combates. No entanto, a situação permanece extremamente delicada, com o Ministério da Saúde de Gaza relatando milhares de vítimas, especialmente entre civis, e o futuro da região ainda incerto, dado o contexto político e militar volátil.