Um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor na manhã de domingo (19), após um atraso de quase três horas devido a uma pendência envolvendo a divulgação dos nomes de reféns que seriam libertados. O acordo interrompeu uma guerra de 15 meses no Oriente Médio, permitindo a chegada de ajuda humanitária a Gaza. Cerca de 200 caminhões, incluindo 20 com combustível, começaram a atravessar a passagem de Kerem Shalom, controlada por Israel, enquanto a manutenção na passagem de Rafah, no sul de Gaza, ainda estava em andamento.
A trégua, que deveria ter começado às 8h30, foi adiada após o Hamas divulgar a lista dos primeiros reféns a serem libertados. Entre os nomes confirmados, estão três mulheres sequestradas durante o conflito. Com o novo horário de início do cessar-fogo às 11h15, as Forças de Defesa de Israel também anunciaram que recuariam de algumas áreas da Faixa de Gaza e que prisioneiros palestinos seriam soltos em troca de reféns. A UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, confirmou que milhares de caminhões de ajuda humanitária aguardam autorização para entrar em Gaza.
Esta é a segunda trégua entre Israel e Hamas desde outubro de 2023. A primeira pausa no conflito, que ocorreu no fim de novembro de 2023, durou apenas uma semana. Em Gaza, a população comemorou a trégua, que também prevê a libertação gradual de mais reféns ao longo dos próximos dias. A resolução do conflito e os esforços de reconstrução ainda estão por vir, mas o cessar-fogo representa um passo importante para a redução da violência na região.
